Nº 51 - Cleópatra e o mundo do perfume

Cleópatra costumava ter as velas dos seus navios perfumadas para que, quando o vento soprava pelo Nilo, espalhassem os perfumes que ela mais amava ao passar.

Graças a numerosos achados arqueológicos nos túmulos dos faraós, sabemos muito sobre perfume nos tempos do antigo Egipto; os cosméticos estavam altamente desenvolvidos e parece que Cleópatra foi a rainha que mais fez uso desse conhecimento.

Escreveu vários livros sobre medicina e cosméticos, tais como o Kosmeticon, um tratado de receitas de fragrâncias e cosméticos, para compor os quais utilizou o seu nariz.

Dotada de grande encanto e inteligência, cedo percebeu que para salvar o seu povo teria de usar o poder da sua beleza e assim conquistou primeiro Júlio César e depois Marco António.

Precisamente para a conquista de Marco António, diz-se que organizou a sua chegada ao longo do Nilo num maravilhoso barco feito de ouro, com remos de prata das ruas vermelhas brilhantes que tinha embebido no seu perfume intenso e inebriante, dito à base de rosas, como Shakespeare também relata em António e Cleópatra.

E foi graças à sua habilidade no mundo dos perfumes que Marco António deu a Cleópatra uma fábrica de perfumes a sul do Mar Morto, onde várias bases com resíduos de fragrâncias antigas foram encontradas desde então.

Escrito por Adele

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